As mastoplastias de aumento são atualmente as cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil e em todo mundo não é diferente. Mas este sucesso todo se deve a décadas de estudo, aprendizados e processos de melhorias que culminaram no sucesso alcançado hoje.

Uma das grandes preocupações que se tinha no passado era quanto a durabilidade dos implantes. Porém, após o advento do silicone com alta coesividade após 1995, a durabilidade das próteses aumentou enormemente, podendo alcançar duas ou mais décadas com absoluta segurança ou até mesmo a vida toda.

A colocação do implante em plano duplo (Dual Plane) resolveu outro grande problema que era a possibilidade de mamas artificiais ou muito visíveis. Com esta técnica o implante é colocado parcialmente submuscular obtendo o máximo de benefício de cobertura superior deste plano anatômico e a adequada naturalidade inferior do plano subfascial.

Mas ainda persistem dúvidas quanto ao tamanho ideal do implante que deverá ser usado para preencher as mamas adequadamente, obtendo adequado preenchimento das necessidades mamarias de cada paciente. Para resolver esta decisão cirúrgica surgiram nos últimos 8 anos várias soluções, algumas extremamente complexas e custosas. Podemos citar, por exemplo, o software Crisalix que através de simulações mamarias nas fotos da paciente apresenta várias opções de resultado em 3-D com próteses de variados tamanhos, planos anatômicos e variadas marcas de implantes. Outra tentativa de escolha dos implantes é a utilização de diferentes tamanhos de prótese para que a paciente possa experimentar por debaixo de um soutien e se olhar no espelho e decidir o que mais lhe agrada.

O que temos feito há muitos anos é a realização das medidas da mama e do tórax da paciente acompanhado de uma avaliação minuciosa da mama, largura, altura, espessura da pele e parênquima mamário, posição da mama no tórax, posição da aréola na mama e simetria entre as mamas. Muito embora, entender as expectativas da paciente tem um valor importante nesta equação.

Com todos estes dados expostos acima imediatamente saberemos medida mínima e máxima do implante, plano anatômico e outras eventuais complementações futuras caso sejam necessárias. Como esta abordagem temos tido um índice satisfação muito grande e raramente ouvimos que a prótese esta pequena ou grande. Somente para ilustrar em 2003 a média anual dos implantes que usávamos era de 220 ml. Em 2008 a média anual já alcançava 268, e de 2011 até hoje estamos com médias anuais de tamanho de prótese mamaria de 310 ml. Acreditamos que deveremos continuar nestes patamares o que é similar a médias de muitos outros cirurgiões conservadores de diferentes países.

Sempre lembrando que esta cirurgia é para a satisfação e felicidade única da paciente que nos procura. Por isto a importância da busca personalizada e precisa dos tamanhos ideais de implante.

Sergio Evangelista
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plastica
e da American Society of Plastic Surgery